quarta-feira, 22 de junho de 2022

 

Como um pêndulo a vida dá suas voltas

E vai e volta, E vai e volta

E todos sabemos ao certo

Que terminaremos com a cara enfiada no concreto


Ai de mim que sou poeta

Que dentro dessas paredes frias

Tenta pintar o dia

Ai de mim que sou pateta!


E a vida vai e volta

E nunca, nunca tem volta

Rodopia, Roda e roda.

E no fim, o tijolo sempre vence


Ai de ti que é leitor

Entretendo-se em palavras infundadas

E que do nada

Retornará ao cimento


Talvez, apenas talvez, eu esteja enlouquecendo...