domingo, 28 de fevereiro de 2016

Ódio



Que me perdoem as canções de amor
Mas o Ódio é fundamental
É o suor do guerreiro em seu furor
O principio Primordial

A flama do coração descontente
Do homem que insurge
Contra a banalidade, o Mal vigente
A rebeldia ante o ilegítimo

Quando a agonia já lhe extravasa o íntimo
E não se pode mais ser passivo
Só o Santo Ódio faz retornar ao caminho
A alma de um cavaleiro perdido

Faça a luz de suas trevas!
E em verdade vos falo
A misericórdia é apenas
A virtude do fraco.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

IST KRIEG! IST KRIEG! IST KRIEG!


Declaro Guerra à arte decadente
A arte do vencido, a arte doente
Declaro Guerra aos joelhos dobrados
E da lâmina da palavra
Nenhum de vocês será poupado

Declaro Guerra à arte de medo, de fracassado
A arte do brocha, do feio e do desdentado
Declaro Guerra ao artista tosco, podre
Estou em Guerra contra o medíocre e o fraco

Declaro Guerra às "intervenções", ao panfletismo barato
Declaro Guerra ao cristo moribundo, ao perdão e ao pecado
Declaro Guerra ao ativismo de umbigo
Declaro Guerra à arte de quem é pequeno e escravo

Declaro Guerra ao homem robô, ao acovardado
Declaro Guerra ao poema confortável e monetário
Declaro Guerra a você, a sua mentira, ao seu marasmo
Declaro Guerra ao homem fezes e a mulher rabo.

Que pereçam os sem justiça, os rasos
Que pereçam os ruminantes e os ratos
E que reflita sobre o sangue o podre derramado
A luz do Sol de um novo verso
A luz de um novo homem
Ou que esteja, de fato, tudo acabado.