Egoísmo é escrever sobre a própria dor
Mas se sou gente, o que sou
Além de egoísta?
Cantar as mazelas, o amor perdido
As vezes soa tão bonito
Mas é mero egoísmo
E quantos, quantos não gastam as noites
A olhar para o próprio umbigo
E suspirar por desejos?
E o que é o amor,
se não
Um ato violento de egoísmo?
O lirismo da próprio sangue, da própria carne
É mundano
Humano, demasiadamente, humano
Mas se sou gente, se sou ego
O que resta é minha sina
De ser egoísta