Como um pêndulo a vida dá suas voltas
E vai e volta, E vai e volta
E todos sabemos ao certo
Que terminaremos com a cara enfiada no concreto
Ai de mim que sou poeta
Que dentro dessas paredes frias
Tenta pintar o dia
Ai de mim que sou pateta!
E a vida vai e volta
E nunca, nunca tem volta
Rodopia, Roda e roda.
E no fim, o tijolo sempre vence
Ai de ti que é leitor
Entretendo-se em palavras infundadas
E que do nada
Retornará ao cimento
Talvez, apenas talvez, eu esteja enlouquecendo...