domingo, 12 de novembro de 2017

Desagradável



Eu sou o filho da puta
Sempre fui feio e fedido
Me tratavam como uma pústula
E eu sei que sou isso

Eu sou o lado negro da lua
De quem os olhos se desviam
Um Nosferatu moderno
Entre ruínas de egos

Eu sou o pecador e o pecado
Enquanto apertam-se as mãos
Eu observo calado

Eu sou o pária, o lixo
Passando a vida escondido
Para vez ou outra
Aparecer como um soco na boca

Me chame de escória, verme, anticristo
Eu já não ligo
Eu sou sua vergonha, seu medo
Sua mijada nas calças
Seu rosto vermelho
Você quer me ignorar
Mas eu sempre estarei lá.
Me veja, se olhe no espelho!