domingo, 21 de fevereiro de 2016
IST KRIEG! IST KRIEG! IST KRIEG!
Declaro Guerra à arte decadente
A arte do vencido, a arte doente
Declaro Guerra aos joelhos dobrados
E da lâmina da palavra
Nenhum de vocês será poupado
Declaro Guerra à arte de medo, de fracassado
A arte do brocha, do feio e do desdentado
Declaro Guerra ao artista tosco, podre
Estou em Guerra contra o medíocre e o fraco
Declaro Guerra às "intervenções", ao panfletismo barato
Declaro Guerra ao cristo moribundo, ao perdão e ao pecado
Declaro Guerra ao ativismo de umbigo
Declaro Guerra à arte de quem é pequeno e escravo
Declaro Guerra ao homem robô, ao acovardado
Declaro Guerra ao poema confortável e monetário
Declaro Guerra a você, a sua mentira, ao seu marasmo
Declaro Guerra ao homem fezes e a mulher rabo.
Que pereçam os sem justiça, os rasos
Que pereçam os ruminantes e os ratos
E que reflita sobre o sangue o podre derramado
A luz do Sol de um novo verso
A luz de um novo homem
Ou que esteja, de fato, tudo acabado.