Anoitecendo, escuto um barulho em minha janela
Assusto-me
Mas era só o vento, eu penso
O barulho permanece, continua anoitecendo
Mas era só o vento, imagino
Escurece meu pensamento
O barulho, mais uma vez, um susto
Um sentimento frio me domina
E a porta se fecha sozinha
É só o vento, apenas o vento
Mas o que penso, não é apenas isso
Então, com a alma temerosa, decido
Ei de ver o que há na janela
Abro, lentamente, com medo
E para minha surpresa
Um gato preto.
Ele invade meu quarto
Deita-se em minha cama
E, subitamente, hipnotiza-me com seus olhos esmeralda
Gato, gato, gato
Minha mente repetia o mantra
Servi-lhe comida em minha mais cara porcelana
Dei-lhe vinho e vi que era uma escrava
E aos poucos o gato me matava