segunda-feira, 25 de junho de 2018
Violência
Que toda mão se transforme em soco na cara
Que toda carícia arda em chamas
E como uma pedrada
Eu lhe invada
Que toda prece se torne ofensa
Que toda fleuma se torne reação
E que meu coração
Seja violência
Que todo medo se torne ímpeto
Que toda angústia se torne destruição
E morram os deuses raquíticos
Dos fracos de vontade
Porque a única verdade
É a espada, o sangue e o tapa na cara
E que eu te invada
Com violência
terça-feira, 19 de junho de 2018
Não seja um romântico
Para toda beleza seja um cego
Não beije, não queira, não ame
E nunca gaste seus versos
Com encantos venenosos
Adormeça os sentidos, os sentimentos
Castre ideias que entorpecem a razão
Apague o fogo, enxugue as lágrimas
Crave uma faca no peito da ilusão
Não leve flores a sepultura das memórias
Seja frio, um autêntico homem de gelo
E guarde esse meu conselho, não olhe para sua alma
Quebre todos os espelhos
Quem navega em mares além da lucidez
Encontra com o monstro mais atroz
Que te tortura e de vez em vez
Lembra que é você seu próprio algoz
Não seja um romântico, nem por um momento
Seja um homem de ferro, de barro e poder
Porque quem já um dia viveu de sentimento
Sabe bem que sentir é morrer.
sexta-feira, 15 de junho de 2018
Um Triste em um dia triste
Hoje eu amanheci tão cinza
Que não pude me ver no espelho
Escondi minhas lágrimas com tinta
E pintei minha solidão de vermelho
Meus lábios sorriam querendo gritar
Jogando pra baixo do tapete, o desespero
E de pensar que durante o dia inteiro
Ninguém percebeu o meu truque
Hoje eu amanheci tão amargo
Que não quis mais o seu beijo
Eu adocei meu café e tomei um trago
Sem gosto, sem face e sem desejo
Minha voz se repetia em minha mente
Palavras que eu não gosto de lembrar
Eu queria chorar, mas eu parecia contente
Não, eu não poderia borrar a maquiagem
Hoje eu amanheci tão frio
Que o vazio já fazia parte de mim
O abismo já era meu corpo
Eu olhei pra mim, no vazio
E percebi que já estou morto
Que não pude me ver no espelho
Escondi minhas lágrimas com tinta
E pintei minha solidão de vermelho
Meus lábios sorriam querendo gritar
Jogando pra baixo do tapete, o desespero
E de pensar que durante o dia inteiro
Ninguém percebeu o meu truque
Hoje eu amanheci tão amargo
Que não quis mais o seu beijo
Eu adocei meu café e tomei um trago
Sem gosto, sem face e sem desejo
Minha voz se repetia em minha mente
Palavras que eu não gosto de lembrar
Eu queria chorar, mas eu parecia contente
Não, eu não poderia borrar a maquiagem
Hoje eu amanheci tão frio
Que o vazio já fazia parte de mim
O abismo já era meu corpo
Eu olhei pra mim, no vazio
E percebi que já estou morto
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